Lá estava ela, triste e taciturna. Testemunha de efêmeros conflitos, Com um olhar perdido no tempo, Não exigia nada em troca A não ser um pouco de atenção.
Sentia-se solitária, oca, Os homens admiravam-na pelos seus dotes. As crianças, em sua eterna plenitude, Admiravam-na muito mais além... ... Mais humana!
De sua profunda melancolia Lágrimas surgiram. Elas não umedeceram o seu rosto, Mas secaram o seu coração, O poço da alma, Aumentando cada vez mais A sua sede.
Lá ela permaneceu; estática, paralisada! Esperando que o vento do norte a levasse Para bem longe dali!
O dia começou a desfalecer. Seu coração, outrora seco e vazio, Agora pulsava em desenfreada arritmia. Desespero! A maré estava subindo...
Em breve voltaria a ser o que era: Um simples grão de areia. Quiçá um dia levado pelo vento, Quiçá um dia... Em um porto seguro.
Do livro (O Anjo e a Tempestade) de Agamenon Troyan
Lágrimas de Areia
RépondreSupprimerLá estava ela, triste e taciturna.
Testemunha de efêmeros conflitos,
Com um olhar perdido no tempo,
Não exigia nada em troca
A não ser um pouco de atenção.
Sentia-se solitária, oca,
Os homens admiravam-na pelos seus dotes.
As crianças, em sua eterna plenitude,
Admiravam-na muito mais além...
... Mais humana!
De sua profunda melancolia
Lágrimas surgiram.
Elas não umedeceram o seu rosto,
Mas secaram o seu coração,
O poço da alma,
Aumentando cada vez mais
A sua sede.
Lá ela permaneceu; estática, paralisada!
Esperando que o vento do norte a levasse
Para bem longe dali!
O dia começou a desfalecer.
Seu coração, outrora seco e vazio,
Agora pulsava em desenfreada arritmia.
Desespero!
A maré estava subindo...
Em breve voltaria a ser o que era:
Um simples grão de areia.
Quiçá um dia levado pelo vento,
Quiçá um dia... Em um porto seguro.
Do livro (O Anjo e a Tempestade) de Agamenon Troyan
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