mardi 8 septembre 2009

Ano da França no Brasil - Matisse na Pinacoteca do Estado de Sao Paulo



Henri Matisse Primeira Mostra Individual na Pinacoteca de Sao Paulo



Primeira mostra individual de Henri Matisse no Brasil é inaugurada em São PauloEvento do Ano da França do Brasil exibe obras do pintor francês na Pinacoteca do Estado ate 1o de novembroEm uma badalada cerimônia de abertura reservada a convidados, a Pinacoteca do Estado de São Paulo abriu no dia 4 de setembro a primeira exposição dedicada ao mestre francês Henri Matisse já realizada no país.A mostra “Matisse Hoje” faz parte dos eventos oficias do Ano da França no Brasil e reúne cerca de 80 obras de importantes coleções públicas e privadas do Brasil e da França, como o Musée Nacional d’Art Moderne – Centre Pompidou, a Bibilioteca Nacional da França e o Musée Matisse. A exposição ficará aberta ao público entre os dias 5 de setembro até 1º de novembro. Além de Matisse, a mostra é acompanhada por trabalhos de cinco artistas contemporâneos que dialogam com as criações do grande mestre: Philippe Richard, Pierre Mabille, Cécile Bart, Christophe Cuzin e Frédérique Lucien.A abertura da exposição contou com a presença do governador José Serra e do presidente do Comissariado francês do Ano da França no Brasil, Yves-Saint Geours. “Essa exposição está em perfeita sintonia com o espírito do Ano da França no Brasil. Matisse é um pintor importante para a França e para todo o mundo. Além dele, a exposição de outros cinco artistas franceses que dialogam com seu trabalho reforça nosso objetivo de troca de experiências entre criadores”, afirmou Saint-Geours.


"É uma exposição muito bem-sucedida. Abrange obras desde o período formativo de Matisse, em seguida vemos o artista em sua fase de maturidade.Temos um aspecto muito interessante que é essa comparação com artistas franceses contemporâneos. Deixa bem claro a importância seminal de Matisse, já que é um mestre do modernismo e um dos mais importantes artistas de vanguarda do século XX”, apontou o chefe do Departamento Cultural do Ministério das relações Exteriores, Conselheiro Mário Ferreira Filho.Segundo Anne Louyot, comissária-geral do Comissariado francês do Ano da França no Brasil, a exposição já vinha sendo estudada há dois anos. “Essa exposição é a cara do Ano da França no Brasil, porque junta uma grande figura da arte francesa com jovens artistas que se inspiraram em sua obra e pensamento”, afirmou. Embora só agora esteja recebendo uma exposição própria no país, Anne considera que Matisse foi fonte de inspiração para importantes artistas brasileiros: “O gosto de Matisse pelas cores e pela simplicidade das formas é muito próximo do trabalho de muitos artistas brasileiros. (Alfredo) Volpi é um grande exemplo”. A comissária geral lança no dia seguinte à abertura, na própria Pinacoteca, o livro “Lugar, Tempo, Olhar: Arte Brasileira na França Românica”, que aborda o intercâmbio entre artistas brasileiros com a arte românica francesa.A curadora-adjunta da exposição e membro do corpo técnico da Pinacoteca, Regina Teixeira de Barros, explica que, embora a exposição não tenha todas as obras possíveis do artista, é muito bem condensada e pensada de uma forma didática. “A exposição está dividida em temas. Dentro de cada um deles existe uma cronologia. E o serviço educativo da Pinacoteca tem uma série de materiais desenvolvidos para os visitantes interessados, como os textos em paredes”, explicou.


Para Regina, a presença dos outros cinco artistas cria um diálogo entre as suas obras com as do pintor francês. “Eles amplificam determinados temas que o Matisse inaugurou, pegam algum aspecto e o amplificam em obras contemporâneas”, afirmou. Outra atração da mostra foi a presença de um dos bisnetos do pintor, Robert Monier Matisse. “Para nossa família, é um orgulho enorme percebermos que o Brasil tenha tanto interesse no trabalho de Henri Matisse. É também reconfortante constatar a perfeição com que essa exposição foi organizada. Espero que o público brasileiro a aprecie”, afirmou.CerimôniaNa abertura da exposição, o cônsul da França em São Paulo, Jean-Marc Gravier, condecorou o diretor da Pinacoteca, Marcelo Araújo, e o economista João Sayad, atual secretário de cultura do Estado de São Paulo. “Este é mais um evento extraordinário proporcionado pelo Ano da França no Brasil, pois nos mostra aspectos de uma França moderna, que acaba por reforçar a importância desses eventos”, disse por sua vez o presidente do Comissariado brasileiro do Ano da França no Brasil, Danilo Santos de Miranda. PlateiaApesar da presença de muitas autoridades, a plateia da noite de estréia também contou com um grande número de jovens. Alguns deles, como no caso do violinista Gabriel Deodato, conseguiram encontrar nos quadros de Matisse inspiração para o seu ramo de atividade.


“Ao observar seus quadros, me percebi pensando em como isso acrescentaria em meu som. A forma como ele organiza as cores ou distribui as linhas; seus traços, a altura, largura e o movimento. Eu divido tudo isso organizando em uma música, em frases musicais, pela distribuição de grave, médio e agudo”, afirmou. Já para a dupla de artistas plásticas Luiza Nasser e Fernanda Presto, ambas especializadas em desenho e gravura, a parte preferida da exposição não foram os quadros, mas os esboços de Matisse. “Para mim, é mais didático observar o esboço e o processo criativo de uma obra do que ela realizada”, disse Fernanda. “Os traços de Matisse são muito simples, mas dizem tudo. E as cores dele são incríveis”, comentou Luiza.



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